Cúmulo do Transplante!

Hoje antes de começarmos o percurso habitual até ao café, eu e a Manela esperamos pela Patroa que tinha de ir não sei onde, fazer não sei o quê e ordenou que esperassemos... Ali ficamos, no meio da barulheira sentida em qualquer escola pela hora de almoço. Optamos então por trocar o átrio barulhento por um lugarzinho ao sol à entrada da escola. Passou meia hora e nada de Patroa! Vislumbramos o pobo da Escola Belha de Baicho..." Ó Manela...vamos! Ela depois vai lá ter! Se calhar já está a comer uma lagosta com o chefe, mazé..."
E estava a comer estava...a sopa! No café! Há meia hora! Mas isto faz-se???? A entrada foi dura..."..Tu num digas nada carago, que nos deixaste meia hora penduradas à tua espera..."...e não é que ainda teve o transplante de largar "...mas eu disse para virem andando, que ia só dar uma palavrinha à Judite!" E disse mais...que estava a estranhar a nossa demora...mais a minha, que a Manela costuma perder-se pelo caminho! Tem a (má) sorte de apanhar sempre as mães, que não se recordam do horário de atendimento. Realmente...o transplante de certas e determinadas pessoas é uma coisa que me deixa de boca aberta!
A mesa esteve calma...com a excepção de eu estar sempre a mandar calar a Patroa...estava cheia de peito porque muitas cadeiras nos separavam! Estranhou-se o silêncio em voz alta "Mas hoje num se diz nada, carago? Bós num falais?" Ainda houve uns narizes de fedor...convidadas...que disseram que falavam...mas baixo! Será que foi uma daquelas bocas mais do que foleiras, como quem diz "toma e embrulha"??? Saídas da casca, estas visitas!
Quase na hora da saída delegou-se a tarefa de distribuir a ementa para o almoço escolar partilhado, de sexta feira, aos pais...uffff...já nos safemos!
E como vêem, caríssimos leitores, hoje não há muito a contar acerca do almocinho...as trombas eram muitas...e não eram poucas...e eram bastantes!

Ah...deixo-vos só uma frase linda..proferida pela Patroa e dirigida a moi, quando lhe mostrava o meu desagrado por ter esperado tanto tempo e cheiiiiiinha de fome..."Su...as tuas palavras são balas que resvalam na couraça da minha indiferença..."
O que eu sofro!